Três componentes de um ecossistema ferroviário conectado

Com os 200 bilhões de objetos da Internet das Coisas (IoT) que a humanidade tem hoje1, a conectividade está incorporada em todos os aspectos de nossas vidas. Quando se trata de conectividade no setor de transporte, os veículos rodoviários como carros, caminhões e ônibus ganham destaque. Porém, poderíamos pensar se os trens não seriam melhores candidatos para a adoção de soluções conectadas, uma vez que alguns aspectos da operação dos trens são menos sofisticados.
Por exemplo, operar um trem individual, em comparação com a operação de veículos rodoviários, apresenta menos variáveis em termos de outros veículos em movimento nos trilhos e diferentes rotas a serem tomadas. Os trens se movem em trilhos definidos e em uma direção, geralmente sem um número significativo de cruzamentos. Por outro lado, a criação de um ecossistema ferroviário conectado vai além dos trens individuais. Neste artigo, você pode descobrir quais são os principais componentes de um ecossistema ferroviário conectado e quais são as perspectivas futuras para cada um deles.
Nº 1: Conectividade no nível do ativo; locomotivas conectadas
Embora a aparência física das locomotivas não tenha mudado drasticamente na última década, o que está por trás dessa primeira aparência vem mudando constantemente. As modernas locomotivas atuais incluem centenas de sensores. Esses sensores realizam uma variedade de tarefas, desde rastrear atributos internos, como nível de consumíveis, até atributos externos, como velocidade e direção do vento.
Além disso, muitas dessas soluções conectadas vão além do monitoramento reativo. Por exemplo, PrevenTech® Rail, a mais nova solução de monitoramento remoto do motor da Cummins , fornece recomendações proativas que permitem aos clientes aumentar a disponibilidade do equipamento, melhorar a segurança e aumentar a eficiência operacional.
O futuro da conectividade em nível de ativo depende amplamente da integração de inteligência artificial e aprendizado de máquina mais fortes à rede de sensores já existente. Essa integração tornará cada locomotiva capaz de prever problemas futuros e, em seguida, executar atualizações over-the-air ou programar a manutenção preventiva necessária.
Nº 2: Conectividade no nível do sistema; operações conectadas
No nível do sistema, o foco passa dos componentes individuais, como locomotivas e vagões, para o gerenciamento de toda a rede ferroviária e da frota, seja ela voltada para carga ou para passageiros. Isso inclui uma melhor utilização do equipamento ferroviário por meio da programação e integração da conectividade estabelecida por meio de diferentes elementos da rede, como locomotivas, estações e trilhos.
O futuro da conectividade no nível do sistema está na capacidade de aproveitar os dados que cada equipamento conectado aporta para maximizar a eficiência e a segurança e, ao mesmo tempo, reduzir custos. Por exemplo, os sensores em uma estação poderiam monitorar o número de passageiros que estão esperando e comunicar essa informação ao trem que se aproxima. Ao mesmo tempo, um terceiro sensor localizado entre o trem que está chegando e a estação poderia comunicar um evento meteorológico, solicitando que a estação envie outro trem. Neste exemplo, dados de três diferentes ativos podem ser aproveitados em tempo real. O principal elemento para que isso funcione de forma eficiente serão as tecnologias de rede capazes de aproveitar os dados coletados e os recursos de computação capazes de processar os dados para criar recomendações acionáveis.
Nº 3: conectividade intermodal; meios de transporte conectados
Quer seja voltado para passageiros ou carga, o transporte ferroviário geralmente é associado a outros modos de transporte. Uma pessoa pode precisar pegar um ônibus para ir à estação de trem, ou os contêineres transportados pelos trens até um depósito podem precisar ser levados por caminhões até a próxima parada.
A conectividade intermodal envolve a integração de redes de transporte não ferroviárias adjacentes com as operações conectadas de uma rede ferroviária. Estas são as boas notícias: grande parte dessa rede não ferroviária (aérea, marítima e rodoviária) também avançou na construção de suas próprias operações conectadas dentro de seus sistemas.
O futuro da conectividade intermodal não será apenas impulsionado pela tecnologia, mas também pela colaboração. Ao contrário da conectividade em nível de sistema e ativos, as operadoras ferroviárias transcenderão os limites de seus negócios e construirão colaborações mais profundas com outras empresas de transporte para por em prática a conectividade intermodal.
O futuro das ferrovias é conectado, e uma combinação de novas tecnologias, habilidades e parcerias estabelece o caminho para esse futuro conectado. A boa notícia para as empresas ferroviárias é a presença de parceiros com os quais podem colaborar, como a Cummins Inc., que pode trazer os aprendizados sobre conectividade de muitos outros mercados de transporte para o setor ferroviário.
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Referências: 1 Intel. (n.d.). A Guide to Internet of Things [Infográfico]. Recuperado do https://www.intel.com/